domingo, 1 de março de 2009

Aos amores que nunca se vão...


Uma nota de reparação:

alguns amores, quando se sentem traídos, merecem uma meia-culpa, um pedido de perdão, uma nota de reparação. Não que a traição não se mantenha, como um sentimento lancinante no coração do traído, mas ao menos que se tenha consiciência (ou seja, que se torne conhecido) que, apesar da traição, o amor permanece.

Estou nesta esquina. O cruzamento entre as ruas da Traição e do Remorso.

Na quinta-feira (26/02), à noite, fui capturada por um enorme sentimento de compaixão por um ingênuo felino abandonado, esfomeado e extremamente amoroso. Sem muitos rodeios, convidei-o para morar comigo. Ele, diante da situação precária em que se encontrava, especialmente seu estômago vazio e seus pêlos carentes de afago, não titubeou.

O problema maior ainda estava por vir...O fato de que eu já sou propriedade de duas felinas peludas, autoritárias e territorialistas (por tudo isto, razões do meu viver!!!).

Uma delas, a mais velha, até que tem um bom caráter. É dócil e afável com os forasteiros. A mais nova, no entanto, é a minha dona legítima, e não admite vacilos. Em poucas horas de convívio com o "intruso", mudou de ares e agora está a me maltratar.

Difícil é fazê-la entender que o amor pode ser multiplicado, ao invés de dividido. E assim, voltar a aceitar meus afagos, meus mimos, meu colo e ....minha reparação.




2 comentários:

  1. Muito legal,só faltou a homenagem à Guga no texto!
    Ivanessa.

    ResponderExcluir
  2. bem vinda ao vício!!!! começou lindamente e assim vamos nos sabendo mais de perto, viu?

    ResponderExcluir