sábado, 14 de março de 2009

Cheiro doce....


POR SOBRE O RIO PASSA UM CÉU EM CORRENTEZA
BEM DE LONGE, CADA VEZ MAIS LONGE...
O CÉU NÃO É AZUL,
É ALFAZEMA.

sexta-feira, 6 de março de 2009

"O gato por dentro" (William Burroughs)




"Indícios apontam que os gatos foram domesticados pela primeira vez no Egito. Os egípcios armazenavam grãos, que atraíam roedores, que atraíam gatos. Não acho que isso seja exato. Sem dúvida não é a história toda. Gatos não começaram como caçadores de ratos. Doninhas, cabras e cães são mais eficientes como agentes de controle de roedores. Eu postulo que os gatos começaram como companheiros psíquicos, como familiares, e nunca se afastaram dessa função".



(Maricotinha: varando noite para me fazer companhia, enquanto eu escrevia minha dissertação de mestrado - Março/2007. Hoje - Março/2009 - quem passou a noite em claro fui eu, velando seu sono, cuidando de seu mal-estar)

"Alguém disse que os gatos são o animal mais distante do modelo humano. Isso depende da linhagem de humanos a que você está se referindo e, é claro, a que gatos. Acho que, às vezes, os gatos são estranhamente humanos".








Felinos...

...a gente aprende a amar COM eles!

quarta-feira, 4 de março de 2009

Área de Risco...Segurança para quem?

Indignada. Inconformada. Governo, política, segurança pública, cidadania, direitos, para quê? Para quem? Que tipo de controle social esse nosso Estado está produzindo? Para o bem de quem? Para atender a que população?
Há muito já se fala em "estado de bem estar social" - responsabilidade do nosso Governo, apesar dos nossos constantes pedidos de paz, súplicas em favor do direito à vida. Em que ponto chegamos? Rogamos pela nossa própria existência diante de um mundo desigual, injusto.
Mas minha indignação vai além da nossa violência explícita (assaltos, guerras, homicídios...), diz respeito à violência latente, subsumida numa regra que parece natural: "direitos iguais para todos". Todos quem, José?
Recentemente, enviei uma correspondência, via Sedex 10, a uma amiga que mora na capital. Com urgência, a encomenda chegaria, no dia seguinte, à residência de minha amiga, antes das 10 horas da manhã. Surpreendi-me com um telefonema, quatro dias depois, desta amiga informando-me que a correspondência não havia chegado. Mesmo, desde já, sentindo-me lesada pelos correios, fui à agência procurar informações. Eis que, realmente, não havia sido entregue. Justificativa: Área de Risco.
Área de Risco? O destinatário de minha correspondência mora em um bairro popular, diga-se de passagem, bastante populoso, da cidade. A este bairro, as pessoas comumente se referem como "favela". Lá, entre outras pessoas, as quais também nos referimos como "cidadãos", mora a minha amiga. E...pasmem: ela não teve o DIREITO de receber, em sua casa, a minha correspondência.
Agora me digam: isto não é violência?
Consultado no Dicionário Houaiss: Violência
1 qualidade do que é violento
2 ação ou efeito de violentar, de empregar força física (contra alguém ou algo) ou intimidação moral contra (alguém); ato violento, crueldade, força
3 exercício injusto ou discricionário, ger. ilegal, de força ou de poder
3.1 cerceamento da justiça e do direito; coação, opressão, tirania
Rubrica: termo jurídico. Constrangimento físico ou moral exercido sobre alguém, para obrigá-lo a submeter-se à vontade de outrem; coação.

domingo, 1 de março de 2009

Aos amores que nunca se vão...


Uma nota de reparação:

alguns amores, quando se sentem traídos, merecem uma meia-culpa, um pedido de perdão, uma nota de reparação. Não que a traição não se mantenha, como um sentimento lancinante no coração do traído, mas ao menos que se tenha consiciência (ou seja, que se torne conhecido) que, apesar da traição, o amor permanece.

Estou nesta esquina. O cruzamento entre as ruas da Traição e do Remorso.

Na quinta-feira (26/02), à noite, fui capturada por um enorme sentimento de compaixão por um ingênuo felino abandonado, esfomeado e extremamente amoroso. Sem muitos rodeios, convidei-o para morar comigo. Ele, diante da situação precária em que se encontrava, especialmente seu estômago vazio e seus pêlos carentes de afago, não titubeou.

O problema maior ainda estava por vir...O fato de que eu já sou propriedade de duas felinas peludas, autoritárias e territorialistas (por tudo isto, razões do meu viver!!!).

Uma delas, a mais velha, até que tem um bom caráter. É dócil e afável com os forasteiros. A mais nova, no entanto, é a minha dona legítima, e não admite vacilos. Em poucas horas de convívio com o "intruso", mudou de ares e agora está a me maltratar.

Difícil é fazê-la entender que o amor pode ser multiplicado, ao invés de dividido. E assim, voltar a aceitar meus afagos, meus mimos, meu colo e ....minha reparação.




Novas experiências: promovendo variabilidade

Nenhum começo parece ser simples. Comecei a me presentear com visitas a alguns blogs de amigos muito queridos e com sensibilidades refinadas. Não que me considere uma pessoa de "sensibilidade refinada", simplesmente, a vida, para mim, algumas vezes "range", que nem porta velha.
Deu uma pontinha de inveja e de vontade de "desnudar-me". Não ao ponto de me expôr por completo, mas de "roçar" pontos de tensões, afetos e devaneios.
Assim começo...